terça-feira, 21 de setembro de 2010

A missão de um cagado

Suava. Era um terror. Um filme lado-b, com um ator qualquer, no meio de uma rua lotada por pessoas que o fitavam. "Eles estão ouvindo isso?". Rangidos infernais ora borbulhantes dentro de seu corpo. Mas a sua missão não podia ser desviada. Sabia que era ali. Atravessou o estabelecimento, compelido a chegar no trono. Foi. Pálido. Ávido. Objetivo. Direto. Feito uma bala.

Levantou, sentou, esvaziou.

Ah, como era a bela a liberdade! Mais vírgulas no seu raciocínio. Viva o funcionamento do intestino! Acho que vai começar a ouvir músicas mais belas, plantar flores no jardim e assistir aquela mais nova comédia-romântica do atorzinho pegageral.

Saiu novamente por aquele estabelecimento. Peito estufado, tal qual um pavão ao cumprir com louvor sua dança do acasalamento. Todos o olhavam, mas dessa vez o respeitavam. Não havia um ser ali dentro que o podia interromper.

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