terça-feira, 21 de setembro de 2010

Feliz Natal

Hoje é dia de visita, afinal ainda comemoro o Natal.

Alguns parentes até conservam o espírito natalino me visitando anualmente e perguntando como vim parar aqui. Às vezes, penso em que atrocidades cometi para garantir minha prisão. Isto não está certo: Eu deveria ser livre se a sociedade não julgasse tão mal meus atos, que eram impossíveis de se negar. Claro que cometi erros, mas foram tão terríveis assim? Não justificam o crime de ser tratado como um animal, um homem que nunca será o mesmo por causa de um grande delito – novamente afirmando - que não fui capaz de evitar.

Se um dia for novamente julgado, afirmarei a todos minha eterna apreciação. Não me arrependo de ter cometido este ato tão vil, pois foi e sempre será a razão de meu viver. A pior parte da história é que conhecia, e muito bem, aqueles que foram meus carrascos.

Ainda continuo pensando neles.

Neste natal, desejo que venham me visitar, mas odeio ilusões. Pois, como dizia - o nome dele me falha a demora, desculpe - em tempos atrás, a esperança é a última que morre. E embora a minha não esteja morta, nunca perdeu a prudência da realidade...

- Hora do seu remédio, seu
Genivaldo! Tome e vamos descer para o salão, vai ter pernil hoje!

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